quinta-feira, 18 de agosto de 2011


“BUGUE, MÃE”

 Aqui na nossa região tem muito índio, os quais carinhosamente chamamos de Bugres. Principalmente na páscoa e no natal eles vêem para as cidades para vender seus cestos e outros artesanatos de taquara
que produzem. Eles batem palma nas casas e tentam vender seus produtos ou trocam por comida, roupa e até brinquedos. Já é costume por estas bandas as mães assustarem seus filhos com os Bugres que vagam pelas ruas e assim os guris não fazerem muita arte e principalmente não saírem a correr a toa por aí.
- Não vai prá rua, Jairzinho, senão os Bugres te levam junto. – diz a mãe.
 As crianças se assustam e obedecem aos pais.
Nós temos um colega que é muito parecido com os Bugres, baixinho, beiçudo, entroncado ( aqui na 14° CRS todos sabem quem é) e ele um dia chegou numa casa no trabalho de combate ao barbeiro. Uma mulher veio recebê-lo na porta com uma criança com um pouco mais de um ano no colo. O menininho ao ver o colega grilou os olhos e disse assustado para a mãe agarrando-se em seu pescoço:
- Bugue, mãe... Bugue, mãe...
Uns colegas que estavam juntos na ocasião contaram aos outros e foi uma risada só na equipe toda.

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Funcionário Público federal que andou 29 anos por esse interior do Rio Grande do Sul

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